francisco
Francisco é um daqueles álbuns que quem “gosta, sente e compreende Música” não pode deixar de ouvir.
Érico Baymma é um “ser” tipo “genial”, com inteligência rara e uma sensibilidade acima da média. Tanto é que resolveu lançar Francisco 25 anos depois, e cada tom, harmonia, pausa, tudo, percebe-se completamente contemporâneo.
Do modelito “feito em casa” – sim, em 1996 nosso maestro genial também é vanguardista – usando uma mesa de oito canais, um teclado Rolland JV90 um minidisc player e um recorder Sony, resolveu rasgar a alma e compôs esse álbum lindo, daqueles que, na primeira audição, desceu como uma pluma, junto com o Cousino Macul que escolhi para delicia-lo. E depois, sabe aquelas obras que vira-mexe colocamos no fundo quando vamos para a cozinha ou mesmo quando estamos fechando um projeto? Pois é, é ele mesmo…
Como disse antes, é uma obra que quem “gosta, sente e compreende Música”, não é convencional, muito pelo contrário, é conceitual – e aí, cada um com o seu. Sei que mexe e chega nas minhas entranhas, e duvido que não mexa com as suas…
A capa é uma “roupa” para essa ousada obra – linda, perfeita, que conta com a assinatura de Fernando França, um luxo.
Por: Solange Castro
Agosto de 2021